Governo do DF exonera secretário que delatou suposto esquema de corrupção
A assessoria do Governo do Distrito Federal anunciou nesta sexta-feira (27) a exoneração do secretário de Relações Institucionais, Durval Barbosa, que denunciou um suposto esquema de repasse de dinheiro a aliados do GDF em troca dos benefícios da delação premiada. Além de Barsosa, foram exonerados o chefe da Casa Civil, José Geraldo Maciel, o secretário de Educação, José Luiz Valente, o chefe de gabinete de Arruda, Fábio Simão, e o assessor de imprensa do governador, Omézio Pontes. Todos são investigados pela Polícia Federal. Nesta sexta, a PF, por ordem do Superior Tribunal de Justiça (STJ), realizou um mandado de busca e apreensão na residência oficial do governador do DF, José Roberto Arruda (DEM), e em gabinetes de deputados da Câmara Legislativa. A Polícia Federal usou 150 agentes na Operação Caixa de Pandora e apreendeu R$ 700 mil em dinheiro durante as buscas realizadas nesta sexta-feira (27) em Brasília, Goiânia e Belo Horizonte. A PF também fez buscas em casas e gabinetes de secretários do governo, de deputados distritais e em empresas. Inquérito De acordo com o inquérito a que o G1 teve acesso, o suposto repasse de dinheiro aos aliados de Arruda era feito por meio de pelo menos quatro empresas que prestam serviço ao governo do DF. O documento não identifica todos os beneficiários do esquema –um secretário é citado por ter supostamente recebido R$ 34 mil de uma das empresas, que teve reconhecido um crédito a receber do governo de R$ 34 milhões. O governo do Distrito Federal informou ao G1 que ainda não tinha conhecimento do objetivo da operação da PF e, por essa razão, não se pronunciaria sobre o caso. De acordo com a assessoria de Arruda, o governo do DF vai colaborar com as investigações. O secretário de Relações Institucionais do DF, Durval Barbosa, ex-delegado da Polícia Civil, concordou em colaborar com a PF, em troca de delação premiada. Ele teria gravado conversas com o próprio Arruda. O teor das gravações não foi divulgado. “Na consecução dos objetivos visados por esta diligência a autoridade policial noticia haver o colaborador (Durval Barbosa Rodrigues) repassado ao DPF [Departamento de Polícia Federal], para fins de registro, a soma de R$ 400 mil, valor que a ele (Durval) retornará para seguir destino apontado por Arruda: entrega a Maciel [José Geraldo, chefe da Casa Civil do GDF], para pagamento da ‘base aliada’. Ou seja, o dinheiro será dissipado em diversos pagamentos menores a pessoas ainda não identificadas”, destaca trecho do inquérito do STJ. Glob.com
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